sábado, 2 de dezembro de 2017

Estes olhos




Que olhos são estes,
que cruzam os meus,
são eternos flertes,
tem a força de deus.

Castanhos, escuros, verdes,
faz-me um calafrio,
a  alma quase congela,
transborda  leito vazio.

Se é assim explosivo,
a luz que a vida deu,
só me concebo vivo,
na mira do olhar teu.

Mas se uma lágrima escorre,
e este brilho apaga,
ali, onde o rio morre,
minh’alma naufraga.