Que olhos são estes,
que cruzam os meus,
são eternos flertes,
tem a força de deus.
Castanhos, escuros, verdes,
faz-me um calafrio,
a alma quase congela,
transborda leito vazio.
Se é assim explosivo,
a luz que a vida deu,
só me concebo vivo,
na mira do olhar teu.
Mas se uma lágrima escorre,
e este brilho apaga,
ali, onde o rio morre,
minh’alma naufraga.
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