sábado, 15 de agosto de 2009

Maria do Córrego

Maria do Córrego



Maria do córrego
Já não mais tem
Água doce
Nem ramos de flores,
Só lixo humano
Fétidos odores.

Maria do rio
Menina da ponte
A natureza está morta
Seca na fonte.

Maria do beco
Nada sobrou do rio
O leito está seco
Teu coração está vazio.

Menina do barraco
Sem telha
Da parede de pano
Desgarrada ovelha
Do centro urbano.

Maria
Por sobre
O filete do esgoto,
Melhor talvez
Fosse a vida
Se o destino
Fosse outro.

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