América do Sul
Meu filho
Nascemos todos filhos
Desta América do Sul
Aqui a terra é boa
E tem clima tropical
Aqui o povo trabalha
Vence e perde a batalha
Na luta contra o capital.
Aqui tem história
Mesmo que sem memória
Da luta inglória
Que o povo travou
Aqui tem o registro
Do jogo sinistro
Que se instalou.
O tempo aqui
Carrega no encalço
A sombra eterna
De mil gerações
O brilho ofuscado
De tantas civilizações
Que submergeram-se
Sob a tirania das bombas
E fogos de canhões.
Aqui nesta terra farta
De um povo trabalhador
De povo índio
De povo escravo
Que muita riqueza plantou
Mas que teve
o destino selado
pela avareza do seu senhor.
Aqui tem lavrador,
tem operário, tem mineiro,
mas tem especulador
que arrocha o salário
pra ganhar mais dinheiro
sobre o pobre sofredor.
Aqui tem engraxate,
Tem muito biscate,
Tem flanelinha
Vendedor de sinal
Pedinte de esquina
Tem polícia que bate
Em velho doente
Ou então atira
Em menino traquina.
Parece que é sina
Parece o destino
Dessa América latina
Abortar revoluções
Prostituir suas meninas
Nas jogatinas
Dos nossos barões.
Meu filho
Somos filhos
Desta América do Sul
Desta América do sol
Desta América do sal
Desta América índia
Desta América de Espanha
América de Portugal.
Meu filho
Pra azarar a sorte
Nasceste na zona norte
Sob o esgoto da multinacional
Sem posto de saúde
Sem sistema de transporte
Mas sob forte, aparato policial.
Meu filho
Assim é a vida
Em nossa combativa
América do Sul
E apesar da matança
Não se perde a esperança
Pois a terra é fértil
E o céu muito azul.
Meu filho
Nascemos todos filhos
Desta América do Sul
Aqui a terra é boa
E tem clima tropical
Aqui o povo trabalha
Vence e perde a batalha
Na luta contra o capital.
Aqui tem história
Mesmo que sem memória
Da luta inglória
Que o povo travou
Aqui tem o registro
Do jogo sinistro
Que se instalou.
O tempo aqui
Carrega no encalço
A sombra eterna
De mil gerações
O brilho ofuscado
De tantas civilizações
Que submergeram-se
Sob a tirania das bombas
E fogos de canhões.
Aqui nesta terra farta
De um povo trabalhador
De povo índio
De povo escravo
Que muita riqueza plantou
Mas que teve
o destino selado
pela avareza do seu senhor.
Aqui tem lavrador,
tem operário, tem mineiro,
mas tem especulador
que arrocha o salário
pra ganhar mais dinheiro
sobre o pobre sofredor.
Aqui tem engraxate,
Tem muito biscate,
Tem flanelinha
Vendedor de sinal
Pedinte de esquina
Tem polícia que bate
Em velho doente
Ou então atira
Em menino traquina.
Parece que é sina
Parece o destino
Dessa América latina
Abortar revoluções
Prostituir suas meninas
Nas jogatinas
Dos nossos barões.
Meu filho
Somos filhos
Desta América do Sul
Desta América do sol
Desta América do sal
Desta América índia
Desta América de Espanha
América de Portugal.
Meu filho
Pra azarar a sorte
Nasceste na zona norte
Sob o esgoto da multinacional
Sem posto de saúde
Sem sistema de transporte
Mas sob forte, aparato policial.
Meu filho
Assim é a vida
Em nossa combativa
América do Sul
E apesar da matança
Não se perde a esperança
Pois a terra é fértil
E o céu muito azul.
Um comentário:
Oi, Marcos Vinícius!
Parabens por sua sensibilidade aguçada! Sua poesia "América do Sul" é belíssima, reflete uma grande preocupação com o social, revela um grande coração!
Um grande abraço,
Oliveira
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