Para onde?
Menino, corre,
menino se esconde,
menino não morre;
menino, para onde?
Tira tua face estampada,
da página cinzenta do jornal,
o que fazes na madrugada,
meu pequeno marginal?
Guarde-se sob a ponte,
embrenhe-se pelo mato,
estreite seu horizonte,
até o próximo assalto.
Proteja-se menino,
que o destino, o fez ladrão,
um grão tão pequenino
levando estilete na mão.
Menino fique à espreita,
não saia ali do morro,
ande sempre pelas sombras,
e não grite por socorro.
Menino corre,
menino se esconde,
menino não morre;
menino para onde?
Menino, corre,
menino se esconde,
menino não morre;
menino, para onde?
Tira tua face estampada,
da página cinzenta do jornal,
o que fazes na madrugada,
meu pequeno marginal?
Guarde-se sob a ponte,
embrenhe-se pelo mato,
estreite seu horizonte,
até o próximo assalto.
Proteja-se menino,
que o destino, o fez ladrão,
um grão tão pequenino
levando estilete na mão.
Menino fique à espreita,
não saia ali do morro,
ande sempre pelas sombras,
e não grite por socorro.
Menino corre,
menino se esconde,
menino não morre;
menino para onde?
Um comentário:
Oi, Marcos Vinícius!
Lindo!!! Enquanto lia, lembrei-me de "Meu guri" do Chico Buarque.
Não é preciso dizer que curto sua poesia, curto muitíssimo, mas deixarei um comentário na(s) que mais me tocar(em). Para não ficar repetitivo.
Saiba que gosto de todas, mas tem algumas que tocam mais.
Um abraço,
Oliveira
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