Êxodo
Pelos caminhos de terra,
Por onde pisam os pés de Maria,
Percorrem muitos pés
À procura da liberdade fulgidia.
Marcham outra vez,
Com os pés duros,
Com destino à Terra Prometida,
Abandonam seus lares
Alagam seus olhos
Na hora da partida.
Sonham o sonho esperado
Da terra farta, de leite e mel,
Levantam a foice, sonhando acordado,
Na luta por um lugar ao céu.
Mais uma vez, porém,
O brio, a dignidade ultrajada,
Os filhos dos filhos também expulsos,
Da exuberante terra sagrada,
Terra adorada,
Por que é mãe desgarrada?
Teus órfãos perdidos, pobres bandidos,
Embriagados, mal dormidos,
Irão perturbar os teus sonhos,
Dos teus sonos desprotegidos.
Ante a última esperança desiludida,
A fúria dos novos bárbaros, incontida,
Penetrará pelo asfalto, atrevida,
Levantando pelos caminhos,
Enormes muralhas (neo)medievais;
Aprisionando velhos cidadãos
Em grandes gaiolas de ouro
Nas fétidas capitais.
Pelos caminhos de terra,
Por onde pisam os pés de Maria,
Percorrem muitos pés
À procura da liberdade fulgidia.
Marcham outra vez,
Com os pés duros,
Com destino à Terra Prometida,
Abandonam seus lares
Alagam seus olhos
Na hora da partida.
Sonham o sonho esperado
Da terra farta, de leite e mel,
Levantam a foice, sonhando acordado,
Na luta por um lugar ao céu.
Mais uma vez, porém,
O brio, a dignidade ultrajada,
Os filhos dos filhos também expulsos,
Da exuberante terra sagrada,
Terra adorada,
Por que é mãe desgarrada?
Teus órfãos perdidos, pobres bandidos,
Embriagados, mal dormidos,
Irão perturbar os teus sonhos,
Dos teus sonos desprotegidos.
Ante a última esperança desiludida,
A fúria dos novos bárbaros, incontida,
Penetrará pelo asfalto, atrevida,
Levantando pelos caminhos,
Enormes muralhas (neo)medievais;
Aprisionando velhos cidadãos
Em grandes gaiolas de ouro
Nas fétidas capitais.
Marcos Vinícius.
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