domingo, 30 de setembro de 2007

Desconstrução


DESCONSTRUÇÃO



O que era luz na escuridão,
o que era a poesia do amor,
tornou-se veneno do coração,
virou cegueira de caçador.

O que era o passe de mágica,
o que era o milagre da vida,
tornou-se cena trágica,
o caminho sem saída.

O que era só fortaleza,
o que era a farta ceia,
desnudou-se de sua beleza,
desfez-se como castelo de areia.

O que foi a utopia,
o que foi leito fecundo,
hoje o sol que não mais irradia,
a fome que não se sacia - no mundo.

Um comentário:

José Oliveira Cipriano disse...

Oi, Marcos! Aqui estou, viajando pelo universo de sua poesia. É uma viagem fantástica. Parabéns por sua "desconstrução".
Um abraço, Oliveira