domingo, 30 de setembro de 2007

Sapiens


Sapiens


É tanta gente no mundo,
que assombra o espectador
são tantas línguas e nomes,
tanta riqueza e dor.

Tem sempre um povoado
gente na roça e na cidade
tem mansão e aglomerado
vivendo do luxo ou caridade.

Quem diria que o velho cometa,
ao esfriar se povoaria,
quem diria que a terra deste planeta
fosse o homem quem semearia.

Na beira dos lagos, nos mananciais,
nos leitos dos rios,
nos veios vazios,
nos desertos e pantanais.

No frio doloroso do gelo
nas curvas da estrada
manifesta onipresença
nas metrópoles do nada.

A espécie se proliferou
entre guerras e juras de amor eterno
o homem se disseminou
construindo o céu e o inferno.

Oceano de etnias
que a terra fecundou
que sacralizou os dias
na tela de um computador.

Fenômeno da natureza,
que criou asa e cativeiro,
a fome e a fartura na mesa,
súditos do império do dinheiro.

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