Papel em branco
Folha branca
de papel,
branca eternamente
ficará;
sobre ti
nem um poeta
repousará;
sempre virgem
será.
Folha casta
de papel,
folha pura,
sobre ti,
nenhum vestígio
de ternura;
intocado será
teu véu.
Folha pálida,
sem tinta
ou grafite,
mensagem inválida,
sem lágrima
derramada,
ou qualquer palpite.
Folha vazia,
sem traço ou desenho,
retangular,
sem poesia;
folha esquecida
no armário,
na prateleira
de cima,
sob o peso
de um dicionário.
Folha branca
de papel,
branca eternamente
ficará;
sobre ti
nem um poeta
repousará;
sempre virgem
será.
Folha casta
de papel,
folha pura,
sobre ti,
nenhum vestígio
de ternura;
intocado será
teu véu.
Folha pálida,
sem tinta
ou grafite,
mensagem inválida,
sem lágrima
derramada,
ou qualquer palpite.
Folha vazia,
sem traço ou desenho,
retangular,
sem poesia;
folha esquecida
no armário,
na prateleira
de cima,
sob o peso
de um dicionário.
2 comentários:
Oi, Marcos Vinícius!
Cara, gostei muitíssimo de seu poema "Papel em branco". O que toca-me profundamente é sua simplicidade.
Parabéns!!!!!
Um abraço,
Oliveira
Este ficou muito bom. Muito bom. Tem ritmo e força.
Abraços!
Cinco Espinhos.
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